quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Diários nem tão secretos assim...

Olá Pessoal, tudo bem?

Hoje quero trazer para vocês alguns comentários, pontos de vista, obras literárias e filmes, que possuem como pano de fundo a existência de um diário pessoal e/ou cartas trocadas entre os personagens principais.

Quando pensamos em diário, normalmente nos vem a cabeça a idéia daqueles cadernos onde relatamos nossos mais íntimos desejos, receios e segredos, onde narramos os acontecimentos a partir de datas marcadas, mas isso não acontece em O Diário de Suzana para Nicolas, pois o mesmo não traz estas datas marcadas no cabeçalho/início das informações.  Particularmente, achei esta forma de relatar as informações, bem interessante, pois mesmo não podendo acompanhar cronologicamente a ocorrências dos fatos, o autor nos permite perceber de forma bem clara e específica a passagem dos dias e do tempo... Ponto extra para James Patterson!


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Pesquisando na internet sobre o surgimento dos diários, encontrei sugestões de que o início dos diários aconteceu nos primórdios da civilização, quando os homens pré-históricos relatavam seus conhecimentos e acontecimentos através de pinturas nas paredes das cavernas, cavernas estas aonde era difícil o acesso, dando a impressão de que os desenhos realmente eram “secretos”.

Como forma de escrita, os diários e as cartas, tem seu apogeu no século XVIII, através do escritor Goethe com o livro Sofrimentos do jovem Werther (1775) onde o mesmo relata através de cartas, um romance conturbado e trágico.

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Mas apenas no século XX, o mercado editorial atinge, através da utilização de diários e/ou cartas, o boom mercadológico, desta técnica literária.

Mas, o que move milhares de leitores a se interessarem por este gênero de textos autobiográficos, de ficção e não ficção? Na minha modesta opinião, de leitora fascinada por diários, acredito que seja a curiosidade, o desejo do ser humano pelo conhecimento da individualidade alheia, para vislumbrar através dos detalhes triviais relatados em diários/cartas, o reconhecimento de si mesmo no outro. Claro que esta identificação não acontece apenas na leitura de diários, mas neste gênero em específico, existe a crença de que o que está sendo descrito é pura realidade, fazendo com o que o leitor se sinta “íntimo” do escritor. Transformando a leitura numa conversa, num bate papo ou num simples desabafo.

Abaixo citei alguns exemplos de livros/filmes inspirados em diários/cartas para atender a maior parte dos gostos, ok? Vamos lá:

DRACULA DE BRAM STOKER - escrito no ano de 1897, um clássico, que se utiliza da técnica epistolar (utilização de cartas, diários) para contar a história do conde Drácula e sua busca pela noiva a muito tempo perdida. Possue várias versões cinematográficas.

Capa da 1º Edição - Google Images

Diário de Anne Frank – Escrito pela própria Anne Frank, enquanto esteve escondida em Amsterdam junto com sua família, para fugir e evitar as atrocidades da ocupação nazista, durante o ano de 1942 e 1944. O livro foi transformado em filme no ano de 1959.

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Diário de um banana – série de livros escrita por Jeff Kinney, relata o dia-a-dia de um adolescente, que quer se tornar famoso e popular. Com o seu primeiro livro da série, Jeff recebeu o título de best seller e suas tiragens foram traduzidas para 28 idomas. Os livros já foram transformados em filmes.


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Diários do vampiro – série de livros de romance/terror, o triangulo amoroso escrito por Lisa Jane Smith, tornou-se febre entre os jovens e adolescentes, rapidamente virando um sucesso de vendas, foi transformado em série televisiva, apresentada pelo canal Warner.


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E vocês, que livros/filmes incluiriam nesta pequna lista?

Um beijinho e até a próxima!

PS: já comecei a ler o livro da vez (O Historiador) e tenho certeza que lá vocês também encontrarão relatos sobre diários e cartas... então não fique de fora desta nova leitura e mãos a obra!!!!



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Diário de Suzana para Nicolas, de James Patterson

Olá, leitores amigos!

Vou escrever um pouco sobre o último livro que lemos aqui no Crop Literário.

Pensamos em ler um gênero diferente do livro anterior, "A Mulher do Viajante no Tempo", mas ficamos tão interessadas no enredo de "O Diário de Suzana para Nicolas" que resolvemos ler mais um romance. E não nos arrependemos! 

O escritor James Patterson construiu um drama delicado. Ele se tornou um filme em 2005 com o título "O Diário de Suzana".



James Patterson é conhecido por seus livros de suspense, e já escreveu mais de 70 livros e vendeu mais de 230 milhões de livros em mais de 100 países. Ele é também o autor recordista de presença na lista de mais vendidos do The New York Times.


Em "O Diário de Suzana para Nicolas", o autor prende nossa atenção apresentando o ponto de vista de duas mulheres fortes e decididas que amam o mesmo homem. 

Katie é uma jovem editora de livros que mora em Nova York. Suzana é uma médica que, depois de ter um infarto, sai de Boston para morar na ilha de Martha's Vineyard e simplificar sua vida.





O livro começa com o término do relacionamento entre Katie e Matt. Ela é editora de livros e ele é um poeta que está sendo publicado por ela.

Após quase um ano de um relacionamento perfeito, Katie fica arrasada quando Matt termina o namoro sem uma explicação aparente. Ela imaginava que iriam se casar logo e tinha muitos planos com ele. Como ela poderia ter se enganado tanto a respeito dele?

Matt lhe envia então um diário e pede em um bilhete que o leia para que entenda o por quê do fim do namoro. Trata-se de um diário em que uma mulher chamada Suzana narra sua vida com muito carinho para o filho dela, Nicolas. Katie tem mais um choque ao ler que essa Suzana é a esposa de Matt, e Nicolas é o filho deles...

No bilhete que foi com o diário, Matt havia advertido Katie que haveria muitas passagens que seriam difíceis para ela ler, e isso se confirma nas emoções que afloram na leitura de cada página do diário.

Sem querer, Katie vai se envolvendo na história que é contada no diário. Enquanto vive a angústia de descobrir mais sobre o enigmático Matt, ela passa a refletir sobre suas escolhas e sobre o que é prioridade em sua vida.


Os personagens vão se construindo aos poucos, nas revelações do diário e nos sentimentos que Katie compartilha. E nós leitores acabamos nos identificando senão com as duas "heroínas" mas ao menos com uma delas.

Recomendamos a leitura e, para quem já leu ou está lendo, queremos saber o que pensam sobre esse livro.


Boa leitura!